Práticas de alimentação complementar de crianças de seis meses a dois anos de idade assistidas na Atenção Primária à Saúde em uma área rural
DOI:
https://doi.org/10.47320/rasbran.2023.2248Resumo
Objetivo: identificar e analisar as práticas de alimentação complementar de crianças de seis meses a dois anos de idade assistidas na Atenção Primária à Saúde. Métodos: Realizou-se um estudo transversal com 51 crianças com aplicação de questionário sociodemográfico e do Formulário de Marcadores de Consumo Alimentar do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional aos responsáveis. As variáveis foram descritas por meio das frequências relativas e absolutas, médias e desvios-padrão, mediana e intervalo interquartil. A análise dos fatores associados aos desfechos foi realizada por meio de regressão de Poisson com variância robusta, estimando-se as razões de prevalência (RP) bruta e ajustada e os respectivos intervalos de 95% de confiança (IC95%). O nível de significância considerado foi de 5%. Resultados: Identificou-se frequência de aleitamento materno exclusivo (AME) por quatro meses ou mais de 64,7%, alta frequência de consumo de frutas (74,5%), legumes (72,5%), carnes ou ovo (80,4%), feijão (84,3%), bebidas adoçadas (72,5%), macarrão instantâneo, salgadinho de pacote ou biscoito salgado (54,9%) e biscoito recheado, doces ou guloseimas (58,8%). Verificou-se que a ocupação materna não remunerada foi associada à menor oferta de alimentos ultraprocessados salgados (RP = 0,62; IC95%: 0,46-0,84; p = 0,003). Conclusão: O estudo mostrou frequência de AME próxima da meta estabelecida pela OMS e alta frequência do consumo de alimentos recomendados para a idade. Porém, também foi alta a frequência de práticas de alimentação complementar não saudáveis. A ocupação materna não remunerada foi fator de proteção para a oferta de alimentos ultraprocessados salgados.
Palavras-chave: Aleitamento Materno. Alimentação complementar. Nutrição do lactente.
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